Religiosidade e a homofobia

Uma entrevista com Gabriel da Costa Santos, que falará sobre sua religião e a homofobia que persegue a comunidade LGBT.
Por Giovana Rossi em 28 de novembro 2022, as 15:32

As conquistas de direito da população LGBTQIA+ vieram forte nos anos 2000, fato que não agradou muito religiosos fanáticos, que insistem, ainda nos dias de hoje, em não reconhecer esses indivíduos, afirmando que eles “são uma anomalia” e falando absurdos como “ideologia de gênero” e “ditadura gay”

Nessa entrevista teremos a participação do professor de química, Gabriel da Costa Santos, um homem da comunidade LGBT que frequenta a igreja católica. Ele falará um pouco sobre a sua experiência com a religiosidade no Brasil.

Entrevistador: Obrigado pela participação, o nosso entrevistado de hoje será o Gabriel da Costa Santos, professor de Química da escola do SENAC Distrito Criativo, que concordou em participar desta entrevista sobre seu relacionamento e a religião.

Entrevistador: Como você se introduziu no meio religioso?

Gabriel: Vindo de uma família muito religiosa, nós sempre estivemos inseridos não somente na igreja, mas participando ativamente dela. Nesse sentido, tive um forte crescimento e uma forte vivência dentro da religião que foi mediada pela minha família e da sociedade em que vivia.

Entrevistador: Qual a religião que você segue?

Gabriel: Eu sigo a religião Católica.

Entrevistador: Você sofreu algum tipo de preconceito dentro do meio religioso? Pode citar alguma situação?

Gabriel: Não presenciei nenhum preconceito direto, no entanto, alguns olhares são perceptíveis. Noto que o motivo por nunca ter sido alvo de homofobia dentro do meio religioso, principalmente na igreja, é devido ao modo com que me porto quando estou presente (e muitas vezes por medo de passar por alguma situação como essa).

No entanto, de outros religiosos participantes, já presenciei situações homofóbicas. Coisas que vão desde a palavra aberração, até a ação "queimar no inferno".

Entrevistador: Como é o ambiente dentro da igreja para você?

Gabriel: A igreja em si é um meio de conforto para mim, logo o ambiente sempre foi muito acolhedor e sempre me senti muito bem recebido! Acredito que, agora por participar de igrejas maiores, minha presença acaba se "diluindo" em meio a tanta gente, fazendo com que eu seja só mais um em busca de um objetivo que é comum a todos. E mesmo que eu esteja na igreja em que cresci na minha cidade, são todos muitos receptíveis com minha presença, me deixando confortável para exercer minha religiosidade.

Entrevistador: Você passou por alguma dificuldade por causa de sua religião?

Gabriel: Talvez ela tenha retardado um pouco a definição da minha sexualidade, mas nada que me impedisse de ser quem realmente sempre fui.

Entrevistador: Muito obrigado pela sua participação!

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